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Calvinismo Expiação Limitada

Expiação Definida (A Poderosa e completa obra de Cristo)

INTRODUÇÃO
Algumas pessoas pensam tratam a expiação definida como se fosse um ponto colocado forçosamente em meio as doutrinas da Graça, elas pensam que ela é aquele sujeito indesejado que não deveria estar junto com a família. Quando era Arminiano perguntei a um Calvinista: “Por que você crê na expiação limitada?”, a resposta dele foi chocante para mim: “Eu creio pois ela é a consequência lógica e filosófica dos outros pontos”. Apesar de crer na expiação definida hoje, essa resposta continua sendo chocante e vazia, a sistematização de uma doutrina muitas vezes pode remover a beleza da doutrina, é esta beleza que eu quero procurar enxertar neste texto, pela graça de Deus.
Definida ou Limitada?
As pessoas gostam de acusar os cristãos que creem nas doutrinas da graça de limitarem a Cruz, eu mesmo já fiz essa afirmação “Vocês serram os braços da Cruz, e a única coisa que resta é a estaca”, com esta afirmação eu sentia no meu coração piamente que a expiação definida limitava a obra de Cristo e roubava da sua obra o amor divino por toda a humanidade, hoje vejo como eu estava enganado, porém eu baseava essa minha afirmação na vida e nos tipos de abordagem que alguns calvinistas usavam, pareciam estar fazendo apenas proselitismo por sua doutrina e eram vazios de evangelismo, infelizmente não posso negar que existam muitos reformados (principalmente os que estão conhecendo agora as doutrinas da graça) que possuem justiça-própria por sua doutrina, mas isso não significa que haja a necessidade de todos que abracem as doutrinas da graça serem ignorantes ou insensíveis.
Os que atacam essa doutrina gostam do termo “limitada”, eles ressaltam o fato de que Cristo não morreu por todos, logo a expiação é limitada, porém essa acusação os tira da frigideira e os leva para o fogo; se a expiação da doutrina calvinista é limitada em números, então a expiação arminiana é limitada em eficácia pois, no arminianismo, a morte de Cristo não garante salvação. Mesmo assim, o termo que acredito ser o melhor usável é expiação definida e a afirmação é esta – nós não cremos que a obra de Cristo tenha um poder limitado, existe poder na obra de Cristo para apagar todos os pecados “de 10.000 mundos” como diria Spurgeon, mas ela é eficiente apenas para aqueles pelos quais o Pai e Cristo tiveram a intenção de que Cristo desse a sua vida. Logo a expiação não é limitada em seu poder ou até mesmo alcance, ela não é limitada pelo homem, mas pela Intenção de Deus, já no arminianismo o que limita a expiação é a vontade do homem.
Qual a intenção de Deus na Morte de Cristo?
Ao fazermos essa pergunta, é imprescindível analisarmos o evangelho de João, nós veremos desde os primeiros capítulos que “Deus Pai enviou Cristo ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele!” (Jo 3.17). Está afirmação é maravilhosa, porém se pararmos por aqui, caímos no Universalismo pois o versículo seguinte traz “Quem crê nele não é condenado, quem não crê já está condenado” (v 18), a mesma coisa vemos no v 16 “Deus amou o mundo de tal maneira” expressão do caráter divino, “que deu o seu único filho para que todo aquele que nele crer não pereça mais tenha a vida eterna”, intenção, esse é o propósito da morte de Cristo: “Salvar todos aqueles que creem n’Ele”, os crentes são conhecidos na Bíblia como povo de Deus. Até aqui tanto arminianos como calvinistas creem, até certo ponto, da mesma maneira, Cristo morreu por todos os que creem. Mas o evangelho de João é muito rico, e Cristo vai desdobrando cada vez mais o propósito de Deus, se pararmos por aqui não iremos descobrir qual era a intenção do Pai, por isso vou levar vocês até o capítulo 6 de João, onde a questão encontra tensão máxima.
Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.  Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. João 6.37-39
Para que você entenda este texto é necessário ler todo o contexto e o que estava acontecendo aqui: Jesus havia acabado de fazer o milagre da multiplicação dos pães e peixes, o povo se saciou com pão, no versículo 15 vemos que o povo queria fazer de Cristo seu Rei, seguindo o texto no vs 26 Jesus diz que eles não creram nele por evidência dos sinais que operou, mas sim porque comeram do pão e se saciaram, isso demonstra que a fé deles não era uma fé genuína gerada pelo arrependimento e revelação do Espirito, mas uma fé plenamente natural e interesseira, prosseguimos, no vs 28 os judeus perguntam para Jesus o que deveriam fazer, qual obra que eles deveriam realizar, ou seja “Jesus o que nós temos que fazer?” Jesus responde aos Judeus “A Obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou” vs 29. Deus não requer esforço do homem, requer a fé no filho de Deus, porém o próprio Senhor nos diz que essa Obra é de Deus e não nossa. Quando seguimos mais um pouco pelo sexto capítulo do evangelho de João, chegamos onde queríamos, a saber, qual a intenção de Deus em enviar Cristo ao mundo? O vs 38 traz o seguinte: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” Este é um prenúncio, Jesus está olhando para os judeus agora, que vieram até ele para aclamá-lo como Rei porém, não criam de verdade n’Ele, e ele diz que veio do céu não para fazer a vontade d’Ele, eles queriam aclamar Cristo como Rei, mas Cristo via a si mesmo como Servo, ele diz para eles em poucas palavras isso: “eu não posso ser rei, pois eu não vim fazer a mim vontade, eu vim fazer a vontade daquele que me enviou”, “eu tenho uma missão, eu tenho um proposito e uma finalidade eu não posso trocar esse proposito por caprichos humanos”, em outras palavras “eu vim servir e não para ser servido” Compare com Mateus 20.28, no versiculo 39 ele exclama qual a vontade, qual o proposito e intenção do Paicom a sua morte: “E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia”. Jesus veio especificamente para aqueles que o Pai deu, para guardar todos os que o Pai deu a Ele, esse é um dos ápices da revelação da intenção de Deus a levar Cristo ao mundo, isso ressoa também com a obra de Cristo na terra quando ele afirma no evangelho sinótico de Mateus:
Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos. Mateus 20:28
Essa é a intenção da morte de Cristo, dar a sua vida em resgate de muitos. Diversos outros textos quando lidam com a intenção da morte de Cristo nos demonstram isto:
Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si. Isaías 53:10,11
E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Mateus 1.21
Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. Mateus 26.28
Continuando a exegese do Capitulo 6 de João, podemos ver ainda que Cristo demonstra claramente o proposito e definição da vontade do Pai:
Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. João 6.40
A intenção do Pai é que todo aquele que veja o filho e creia nele tenha a vida eterna, veja bem isso, agora seguimos:
Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. João 6:44
A oferta do evangelho é uma oferta sincera pois todo aquele que vê o filho e crer nele tem a vida eterna, porém os judeus replicaram e Jesus respondeu a eles, que eles não conseguiam fazer isso, não por uma inabilidade física (pois todos eles estavam diante de Jesus), mas sim por uma incapacidade interior, e por isso o Senhor determina a causa dessa recalcitrancia dos Judeus: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer”
Como podemos ver não é por uma falta de poder ou inabilidade do Sacrifício de Cristo que as pessoas não são salvas, pelo contrário o sacrifício de Cristoé suficiente para todos e todos são chamados para participarem deste evangelho, porém a eficiência é derramada somente aos que creem, ou seja aqueles que o Pai traz até Cristo. Logo a intenção do Pai é salvar todos aqueles que ele traz até Cristo, estes creem, e que Cristo os de a vida eterna e os ressuscite.
Posteriormente Jesus afirma a mesma coisa aos discípulos no encerramento do Capítulo:
E dizia: Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido. João 6:65
Esse é o proposito e intenção do Pai, alguns agem como se não fosse o mesmo proposito e intenção de Jesus, eles dizem que o Pai decidiu salvar os eleitos por meio da expiação, porém Cristo fez um sacrifício voltado a toda a humanidade de maneira indistinta, porém o próprio Jesus diz “Eu vim não para fazer a minha vontade, mas sim a daquele que Ele me enviou” portanto a vontade do Pai é necessariamente a vontade do filho, os dois são o mesmo Deus.
No Capítulo 10 de João, esse texto é um dos textos que me trouxe à doutrina da Eleição, vemos aquilo que eu vejo ser a afirmação mais categórica da expiação definida, porém para chegarmos lá vamos analisar o texto proposto:
“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor. Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço, em nome de meu Pai, essas testificam de mim. Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um. Evangelho de João 10:11,14-16,25-30
Continuando nossa abordagem a respeito da Intenção da morte de Cristo, podemos ver que O Senhor afirma que dá a sua vida pelas ovelhas no contraste disso mais claro ele diz no vs 26 “Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito” Cristo está especificando aqui o motivo pelo qual os fariseus não creram, pois eles não eram das ovelhas de Cristo, esse é o motivo de não crerem, mas o Senhor deixa aqui de maneira muito clara que ele morre pelas suas ovelhas, e ainda ressalta que possui “ovelhas não deste aprisco” se referindo obviamente “aos filhos de Deus que andam dispersos pelo mundo inteiro” João 11.50-53
O último versículo de João que quero analisar sobre a Intenção da obra de Cristo é João 17.9:
Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. João 17:9
Jesus não orou pelo mundo, mas orou por aqueles que o Pai deu para ele, no contexto de João 17 podemos ver que Jesus estava firmemente voltado para aqueles que o Pai deu a Ele, isso incluía sem dúvida aqueles que viriam a crer por intermédio dos apóstolos, e menciona inclusive Judas que é o filho da perdição. Isso nos ressalta que a obra de Cristo teve a intenção não de salvar o mundo, mas aqueles que o Pai deu a Ele.
O Coração da doutrina da Eleição
Por fim, para não prolongar mais o assunto, vou passar a epístola de Efésios, onde Paulo nos demonstra um padrão para o casamento:
Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Efésios 5.25-27
Esta passagem nos apresenta um ponto que eu creio que seja chave para entendermos tanto a intenção quanto o amor de Cristo pela sua amada Igreja. O Apóstolo Paulo aqui nos mostra que assim como Cristo deu a vida pela Igreja o marido deve fazer pela sua esposa, em outras palavras o marido não morre por uma mulher qualquer, nem por outra mulher, ele não se entrega de maneira plena à uma desconhecida, mas apenas aquela pelas quais ele trocou votos, aquela que ele jurou amor eterno, e fez uma aliança. O amor não pode ser uma mera decisão, também não é um mero sentimento, o amor é uma aliança, as alianças dos homens são quebráveis, mas as alianças de Deus são inquebráveis, em hebreus nós vemos a imutabilidade de Deus e de suas promessas:
Porque os homens certamente juram por alguém superior a eles, e o juramento para confirmação é, para eles, o fim de toda a contenda. Por isso, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento; Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; A qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu, Onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 6:16-20
A aliança é a base do amor, bem como o alicerce de qualquer vínculo ou amizade real, se algum homem começar a entregar sua vida por uma outra mulher com todo seu ser, obviamente ele não faz isso motivado em qualquer outra coisa a não ser seu interesse de ter ela para si, então assim como o marido se mantem fiel à sua esposa por mais que ela falhe com ele, assim também Cristo não abandona sua noiva pelo qual ele deu sua vida.
Isso se mantem pelo fato de que Cristo continua intercedendo por sua noiva, essa intercessão mostra que Ele é cumpridor de sua aliança, intercedendo sempre por aqueles que ele escolheu:
Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Romanos 8:34
Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Hebreus 7:25
Segundo o escritor de Hebreus essa intercessão é sacerdotal, ela é continua, Cristo intercedeu, intercede e intercederá por nós enquanto precisarmos, essa obra é perfeita e completa. Está fundamentada na sua aliança, que está fundamentada na sua intenção de salvar todos os seus eleitos.
Aqueles que removem a aliança removem o amor de Deus, a aliança divina e o pacto d’Ele é o proposito pelo qual o filho veio ao mundo.
Expiação uma obra forense completa
John Owen enfrentou resistência de Richard Baxter pelo fato de ter pregado a expiação de maneira substitutiva, segundo Owen o sacrifício de Cristo pagou por todos os pecados dos eleitos de maneira plena e penal, foi completo substituto, mesmo antes deles creem, essa obra já estava legalmente sobre os eleitos. Isso fez Baxter temer que John Owen estivesse dando espaço ao antinomianismo, e desencorajasse que os crentes depositassem sua fé em Cristo de alguma maneira. Na verdade, o raciocínio de Owen nos leva a uma pergunta: “O que gerou o que?”  É a nossa fé colocada na obra de Cristo por nós que nos faz justos, mas essa fé vem de onde? O raciocínio é simples, esta fé do próprio Cristo, dada por nós, o que Cristo obteve para nós na cruz, foi um novo coração, este novo coração é uma promessa da Nova Aliança, vejamos:
Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós. Lucas 22:20
Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. Mateus 26:28
Lemos que uma das promessas da nova aliança é nos dar um novo coração:
E farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de mim. Jeremias 32:40
E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis. Ezequiel 36:26,27
O homem possui um coração de pedra, um coração incircunciso, portanto um coração carnal, Paulo diz que cremos com o nosso “coração”:
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido. Romanos 10:10,11
Em contra-partida Estevão diz que o coração do homem natural é incircunciso e endurecido:
Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais. Atos 7.51
Algumas pessoas pensam que este é apenas o estado dos judeus, mas Paulo afirma que tivemos o coração circuncidado também, demonstrando que também tínhamos uma natureza indisposta para Deus:
No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, pela circuncisão de Cristo; Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. Colossenses 2:11,12
O Fato é que o homem não regenerado está morto em seus pecados e possui o coração incircunciso, não portanto não tem como responder com Fé, por ter um coração insensível, é com o coração que cremos. (João 3.6, Romanos 8.8, Efésios 2.1-4)
Porém a promessa da Nova aliança é justamente nos dar um coração novo:
Porém não vos tem dado o Senhor um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje. Deuteronômio 29.4
E o Senhor teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, para amares ao Senhor teu Deus com todo o coração, e com toda a tua alma, para que vivas. Deuteronômio 30:6
“Nenhum homem jamais circuncidou o seu próprio coração. Nenhum homem pode dizer que, pelo poder da sua própria vontade, começou a fazê-lo e que Deus então o ajudou pela Sua graça. A circuncisão do coração feita pelo Espírito Santo remove a cegueira, a obstinação e a teimosia que habitam naturalmente em nós. A circuncisão do coração remove todos os preconceitos da mente e do coração que impedem e resistem à conversão. Portanto, se toda essa resistência e oposição são removidas, como pode o coração resistir à operação da graça? (Vide Ezequiel 36:26,27; Jeremias 24:7; 31:33; Isaías 44:3-5).” — John Owen.
Voltamos agora a Mateus quando Jesus diz que derramou o Sangue da Nova aliança por muitos:
Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. Mateus 26:28
Jesus estava comprando para o seu povo todas as promessas da Nova Aliança, ele estava fazendo pagamento por todas as bençãos espirituais que recebemos do Pai celestial, e por um novo coração para que possamos crer.
O Texto de Gálatas 2.20 na revista e atualizada trás:
Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Gálatas 2:20
Essa fé que recebemos não é nossa, mas foi comprada pelo filho de Deus, por isso também recebemos o Espirito do Filho:
E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Gálatas 4:6
Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. Romanos 8:15
O Escritor de Hebreus também nos diz que Jesus Cristo é o autor e consumador de nossa Fé:
Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Hebreus 12:2
Assim concluo aqui a exposição sobre expiação definida, muitas outras coisas nós podemos analisar, mas decidi fazer este texto de maneira breve, para que em outras ocasiões discorremos melhor sobre o assunto, e também para deixar o leitor com a mente fresca pensando nos textos aqui expostos.
Graça e Paz do Senhor Jesus Cristo!

Yuri Schein, Capão da Canoa 27/10/2017

Revisão teológica: Francisco Tourinho

6 respostas em “Expiação Definida (A Poderosa e completa obra de Cristo)”

O erro da expiação limitada vem da visao de que Deus puniu Jesus na cruz em vez de nós,e não que Jesus se ofereceu como oferta por nossos pecados,ou seja,jesus foi sarcedote e oferta na cruz, isso se chama de santificação,as escrituras dizem que Jesus morreu em favor de todos principalmente dos que crêem.

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