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Filosofia Teleologia

De onde surge toda ordem e beleza que vemos neste mundo? (Parte 2)

Argumentei, na parte 1 desse tema, que a natureza tem uma ordem, no entanto os opositores da teleologia afirmam que não há sentido nem racionalidade para o Universo, na verdade, tudo seria sem sentido e a natureza aleatória, o que na verdade existiria seria uma aparência de intencionalidade ou design criada pelo próprio humano que tende a dar sentido às coisas que estão a sua volta.

Refletindo sobre esse argumento, pensei em três possibilidades que são igualmente desconfortáveis para os apologistas da aleatoriedade:

1-      Se eles podem ter certeza de que o design não é intencional, então sabemos que há um meio de testar isso, logo os mesmos positivam as propostas de grupos como os defensores do Design Inteligente.
2-      Se não há meios de testar, então afirmação é apenas ideológica e arbitrária ou pode se basear no senso comum.
3-      Se pelo senso comum nós observamos ordem na natureza, mas ela é só aparente, então por que não podemos pensar o contrário? Se a natureza tiver apenas aparência de sem sentido, quando na verdade estamos com uma visão limitada por causa das lentes que estamos usando para ver o mundo?

É no tópico três que faremos um exercício mental. Esse exercício começa com a seguinte pergunta: “e se a natureza tiver apenas uma aparência de sem sentido?”

Vejamos as seguintes letras – V-D-V-I-R-U-H-Z-V-H-U-V-P-T-K-D-V-L

Consegue encontrar algum sentido nessas letras? Consegue identificar algum padrão?

A primeira vista as letras são sem sentido, sem racionalidade e aleatórias, no entanto, ao ser adicionada uma chave, nós conseguimos encontrar uma mensagem.

Esse processo é um processo muito simples usado pelo Exército Brasileiro na introdução da disciplina de comunicação na matéria de mensagens criptografadas. As letras aleatórias acima são na verdade uma mensagem codificada, ou seja, elas apenas têm a aparência de serem aleatórias. A chave é essa que está abaixo, no caso, apenas substitui a letra correspondente e se formará a mensagem, ou seja, o indivíduo precisa de uma informação para que outra informação possa ser decodificada.

CHAVE:
P-E-T-A-R-D-O
                                    
C-H-I-V-U-N-K

Substituindo as letras, por exemplo – P=C, E=H, T=I e por aí vai.

Depois da substituição fica – A-N-A-T-U-R-E-Z-A-E-R-A-C-I-O-N-A-L ou A NATUREZA É RACIONAL


CONCLUSÃO

Concluímos com o nosso exercício que mesmo quando algo é notoriamente aleatório, ele poderá ter um sentido e exibir racionalidade se for analisado pela ótica correta.

Já é público e notório que a natureza demonstra racionalidade, mas mesmo naquilo que aparentemente possa ser sem sentido, não podemos descartar a possibilidade de uma racionalidade.


P.S.: O texto não defende de forma alguma que todas coisas que acontecem na vida humana tenha um propósito ou que seja guiada por uma força superior, o texto defende racionalidade e inteligibilidade do Universo, de forma que todas as coisas podem ser entendidas através de uma ordem estabelecida.

Na visão do autor deste blog, as leis naturais foram criadas e estabelecidas e vivemos debaixo dessas leis, não sendo cada ato humano motivado por alguém, mas que o mesmo está limitado pelas leis naturais que demonstram e implicam em um legislador, logo em uma racionalidade.

Por Francisco Tourinho

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