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A Ética a Nicômaco de Aristóteles e o Protestantismo

Por David S. Sytsma

Tradução Daniel Macedo (danielmacedolucas@gmail.com).

A geração passada testemunhou um renascimento formidável da ética das virtudes e, com isso, um renascimento do interesse no clássico texto de Aristóteles tratado nesse artigo — Ética a Nicômaco. Apesar de tal renascimento, muitos estudiosos (scholars), incluindo protestantes eticistas, desconhecem a importância histórica da Ética a Nicômaco de Aristóteles para o protestantismo. De fato, lemos sobre a “rejeição da ética das virtudes” (Gregory 2012: 269) por parte dos protestantes, ou que no período após a Reforma, os protestantes “tornaram-se cada vez mais ácidos com as exortações quanto a prática das virtudes” (DeYoung 2020: 28). Um acadêmico protestante acredita que adotar algo similar à “tradição aristotélica-tomista das virtudes” implicaria necessariamente “no abandono da nossa própria tradição” (Haas 2002: 91). Também encontramos alguns Protestantes que defendem um conceito de virtude, mas “fazem isso a partir das Escrituras sem referência à sua própria herança” (Rehnman 2012: 490). No entanto, partindo de um fato histórico, Protestantes produziram de forma monumental um ­corpus surpreendentemente rico de textos éticos baseados na Ética a Nicômaco, e novas narrativas históricas estão começando a corrigir tal registro (Vos 2020: 85-108; Svensson 2019). Portanto, esse ensaio irá introduzir os leitores à origem e desenvolvimento das obras éticas protestantes na tradição aristotélica, a Ética a Nicômaco.

No início da reforma, Martinho Lutero realizou um famoso ataque à Ética a Nicômaco de Aristóteles, taxando-o como “o pior inimigo da graça” (Luther 1957: 12; Kusukawa 1995: 33). Já em 1518 ele queria que a Ética a Nicômaco fosse retirada da grade curricular de Wittenberg, e em 1520 ele escreveu em Discurso à Nobreza Cristã da Alemanha [AddresstotheChristianNobilityofGermany] que a ética aristotélica “deveria ser completamente descartada junto com seus demais livros que enaltecem a natureza” (Luther 1966b: 200; Kusukawa 1995: 39, 42). A hostilidade de Lutero a Aristóteles foi inicialmente compartilhada por Philipp Melanchthon (Kusukawa 1995: 42-44), cujo seus escritos mostram que “uma avaliação positiva do Estagirita desapareceu de 1519 a 1525” (Kuropka 2011: 17). Em 1526 o De officiis de Cícero substituiu a Ética a Nicômacoda grade curricular de Wittenberg (Kuropka 2011: 18), mas isso durou pouco tempo, pois já no ano seguinte Melanchaton começou a planejar aulas sobre a Ética a Nicômaco(Kusukawa 1995: 69). Em 1528 Melanchthon mencionou um plano para publicar a Ética a Nicômaco em Wittenberg e, apesar desse plano não ter se concretizado, no ano seguinte Melanchaton produziu um comentário dos livros I e II de Ética a Nicômaco, sob o título InethicaAristoteliscommentarius(Wittenberg, 1529). Em 1532, Melanchthon expandiu seus comentários abarcando os livros I, II, III, e V. Sendo assim, em seus comentários Melanchthon integrou os tópicos básicos sobre a felicidade (livro I), virtude (livro II), ações voluntárias e involuntárias em assuntos externos (livro III), e justiça (livro V) (Kuropka 1995: 22-23). Várias edições desse comentário expandido foram impressas durante a vida de Melanchaton em Wittenberg (1543, 1545, 1550, 1554, 1557, 1560), Estrasburgo (1535, 1539, 1540, 1542, 1544, 1546), e Paris(1535).

Apesar da polêmica inicial de Lutero contra Aristóteles, ele não rejeitou totalmente a utilidade da Ética a Nicômaco. Assim como também Melanchthon se juntou a Lutero em sua crítica inicial a Aristóteles, há indícios de que o inverso também aconteceu. Em seus últimos anos, depois que Melanchthon reintroduziu a ética de Aristóteles em Wittenberg, Lutero expressou notável apreço pelo texto de Aristóteles. Em 1543, Lutero disse que, embora filósofos como Cícero e Aristóteles não ensinem “como posso ser livre dos pecados, da morte e do inferno”, eles escreveram excelentemente sobre ética: “Cícero escreveu e ensinou excelentemente sobre virtudes, prudência, temperança, e todo o resto”. Aristóteles também [escreveu e ensinou] de forma excelente e muito erudita sobre ética. De fato, os livros de ambos são muito úteis e da mais alta necessidade para a condução desta vida.” (Luther 1930: 608). Lutero também se apropriou do conceito aristotélico de equidade (epieikeia) do livro V de Ética a Nicômaco como uma parte consistente de sua teologia (Kim 2011: 91-98; Gehrke 2014; Arnold 1999). Em seus sermões sobre o Gênesis [Lectures on Genesis] escreveu que “a paz e o amor são o moderador e administrador de todas as virtudes e leis, como Aristóteles lindamente diz sobre epieikeia no quinto livro de sua Ética” (Luther 1960: 340; Kim 2011: 94). Ao lado de seu elogio ao conceito de epiekeia, Lutero chegou a afirmar o conceito de virtude de Aristóteles como a mediania entre os extremos:

Aristóteles lida com essas questões de uma maneira muito polida quando escreve sobre proporção geométrica e epieikeia… A lei deve ser cumprida, mas de tal forma que o governo tenha em suas mãos uma proporção geométrica, ou um meio-termo e epieikeia. Pois a virtude é uma qualidade que gira em torno de um meio-termo, como um sábio determinará. (Lutero 1966a: 174; Gehrke 2014: 90)

Tais observações nos mostram que enquanto inicialmente Lutero se opôs ao abuso teológico da ética aristotélica, ele veio a aceitar sua utilidade em certos pontos (Gerrish 1962: 34-35). Seja ou não esse o caso, no entanto, as próprias opiniões de Lutero não são definitivas para a história mais ampla do protestantismo, pois sua polêmica anti-aristotélica inicial não foi levada muito a sério por eticistas futuros em universidades protestantes, que sobre esse assunto “buscaram orientação a partir de Melanchthon em vez de Lutero” (Svensson 2020: 189).

De fato, Melanchthon iniciou uma tradição filosófica de comentários protestantes sobre a Ética de Aristóteles. Existem, pelo menos, cinquenta comentários protestantes publicados ca. 1529-1682. Além de comentários de filósofos, três teólogos também escreveram comentários: Andreas Hyperius (Marburg, 1553), Peter Martyr Vermigli (Zurique, 1563) e Antonius Walaeus (Leiden, 1620). Junto com Melanchthon, o comentário de Vermigli foi frequentemente citado por filósofos, e o comentário de Walaeus passou por, pelo menos, quatorze impressões adicionais em Leiden, Rouen, Paris, Londres e Amsterdã, entre 1625 e 1708 (Svensson 2019: 221-22). Embora tais teólogos fossem influentes, os comentários eram dominados por autores filosóficos que estavam preocupados com questões filosóficas. Esses protestantes filósofos faziam parte de um “movimento supraconfessional” em que tópicos básicos de filosofia eram discutidos com “a mesma compreensão de questões básicas em filosofia prática que pode encontrar entre seus pares católicos” (Svensson 2019: 227-28).

Essa tradição de comentários protestantes é apenas o aspecto mais óbvio de uma ampla cultura acadêmica de ética moldada pela Ética a Nicômaco. Desde que os currículos universitários protestantes durante os séculos XVI e XVII frequentemente exigiam que a Ética a Nicômaco de Aristóteles fosse usada como bibliografia para a cadeira de ética (Sinnema 1993: 15-19; Freedman 1993: 243-44, 246; Veitch 1877: 87, 89; Costello 1958: 64; Commissioners for Visiting the Universities of Scotland 1837: 3:184, 205-206), houve uma grande demanda por novas edições. Havia pelo menos vinte edições distintas da Ética a Nicômaco publicadas em cidades protestantes ca. 1530-1720, sem contar todas as várias edições e impressões posteriores. Algumas dessas edições foram editadas por eticistas que escreveram ótimas introduções ao texto. A edição de Samuel Rachel, por exemplo, tinha o luxo de apresentar um aparato de paralelos à Magna Moralia, Eudemia Ética, Política e Retórica, além de uma introdução geral à filosofia moral de Aristóteles por meio de prefácio (Rachel 1660).

Nos sistemas éticos protestantes dos séculos XVI e XVII, Aristóteles aparece tipicamente como a principal autoridade em método e conteúdo, embora muitas outras fontes também são usadas. Nos livros de ética de Clemens Timpler, por exemplo, Aristóteles é citado 258 vezes, Cícero 67, as Escrituras 51, Sêneca 42 e Platão 26 (Freedman 1993: 249). A autoridade de Aristóteles também se reflete no método dos sistemas éticos, com alguns deles anunciando esse fato, como no Sintagma Ético de Melchior Adam organizado de acordo com o Método de Aristóteles (1602). Seguindo o método da Ética a Nicômaco de Aristóteles, muitos sistemas éticos ordenam seus livros pelo menos com capítulos sobre a felicidade ou o bem supremo (summum bonum), a natureza da virtude moral e os princípios das ações humanas, virtudes morais específicas (fortaleza, temperança, justiça, etc.), as virtudes intelectuais e a amizade. Se somarmos esses sistemas éticos com comentários, facilmente existirão centenas de livros que discutem uma ampla gama de tópicos originários da Ética a Nicômaco de Aristóteles.

Além disso, existem pelo menos 5.000 disputas éticas1 em universidades protestantes até o ano de 1750, e uma porcentagem grande delas aborda tópicos específicos da Ética a Nicômaco. Existem milhares de disputas sobre esses tópicos: o bem supremo, a virtude em geral, a virtude moral, a virtude intelectual, a virtude heróica, a fortaleza, a temperança, a justiça, a amizade e assim por diante. Mais de 500 disputas dão crédito diretamente a Aristóteles ou a Ética a Nicômaco no próprio título, com frases como “da ética de Aristóteles” [ex ethicis Aristotelis] (Willebrand 1599), “de acordo com Aristóteles” [secundum Aristotelem] (Queccius 1620), “de fontes aristotélicas” [ex Aristotelicis fontibus] (Aidy 1611), ou “da Ética a Nicômaco de Aristóteles” [ex Aristotelis Ethic. Nicom.] (Justa 1603)2. Essas pequenas disputas se relacionam organicamente com o gênero do sistema ético, uma vez que, em muitos casos, os sistemas éticos publicados são simplesmente uma série de disputas publicadas anteriormente. Por exemplo, a disputa Collegiumethicum(1648) de Adrian Heereboord é basicamente idêntica (com a exceção de algumas notas de rodapé explicativas) a um série de disputas individuais publicadas de 1643 a 1648, sob o título Disputationumpracticarum. Se considerarmos as disputas éticas como uma fonte de comentários e elaboração sistemática sobre a Ética a Nicômaco de Aristóteles, isso equivale a um corpo maciço de literatura acadêmica, que permanece amplamente negligenciado pelos acadêmicos modernos.

Quando o protestantismo e a Reforma são discutidos nas histórias da ética, geralmente há menção às primeiras gerações de reformadores e à tradição subsequente do direito natural começando com Hugo Grotius. Mas a tradição de comentários e elaboração sistemática sobre a Ética a Nicômaco, que floresceu por cerca de 150 anos na academia protestante, é geralmente ignorada (e.g, Irwin 2007-2009). Isso não é apenas uma grave injustiça para o registro histórico, mas também impede os estudiosos modernos interessados na ética aristotélica de se envolverem com a tradição que mais contribuiu para a interpretação. Estudantes da ética das virtudes, especialmente Protestantes, gostariam bastante de saber que “nas academias e universidades em territórios luteranos e reformados ao longo da era da Reforma, a exposição da [Ética a Nicômaco] continuou a formar a espinha dorsal da educação moral” (Svensson 2019: 232). Embora a maioria das fontes permaneça em latim, os leitores de inglês que desejam se envolver com as fontes podem e leia as traduções disponíveis de Melanchthon (1988), Vermigli (2006), Walaeus (1997), John Case (2002), Pierre de La Place (2021) e James Dundas (2022).

Referências Bibliográficas

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Notas:

1 Entenda disputas éticas como o ­disputatio, método formal de debate amplamente difundido durante o período escolástico.

2 As observações relatadas no período anterior são baseadas nas próprias pesquisas do Dr. David Systma, que ainda estão em andamento.

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